sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pregadores de Plaquinhas



Pregadores de Plaquinhas




Por esse corredores estão os pregadores de plaquinhas.


Cumprindo sua função, tão essencial ao equilíbrio natural do mundo: dar movimento a todas as coisas, transformando as pessoas em seres, mas não em seres parados – como uma pedra, ou uma planta, por exemplo – sim em personagens dessa loucura toda!

Pregar plaquinhas nada mais é que falar, falar dos outros, da vida alheia, pelos cotovelos, pela boca, adjetivar, qualificar, desqualificar (às vezes), quão triste deve ser o fato de não ter nenhuma plaquinha pra exibir por aí!
Você pode não gostar das plaquinhas que recebe, mas uma coisa é verdade: você não precisa usar as que não quiser! Podendo ignorar, recusar, ser sarcástico, desdenhar, mudar (quem sabe), jogar fora, enfim, bobagem mesmo, é não participar.

As plaquinhas geram sensações.
Algumas serão muito bem vindas, tornando tudo mais leve, fazendo se sentir como que vendo um por do Sol sobre a estrada, ou numa noite fria debaixo de um cobertor quentinho, estando muito bem acompanhado, outras serão como aquela vez, em que você ajeitou a bola no peito e de voleio meteu ela no ângulo, da euforia a glória, da paz ao silêncio.

Seja receptivo com as boas plaquinhas que lhe pregarem, sempre as veja do melhor ângulo, seja cuidadoso com as que pregar em si mesmo, as vezes criamos expectativas demais acreditando que todos têm que concordar com nossos próprios anseios, mas quando realmente desejar que o mundo lhe veja, seja persistente, levante a plaquinha o mais alto que puder, use seu talento.

Cuidado com as plaquinhas que dizem “preocupação”, na maior parte das vezes elas não levam a nada, guarde as plaquinhas que sugerem mudanças, mudar é bom, é muito bom.

Uma boa parte das plaquinhas vai da boca pra fora, as melhores, no entanto, são aquelas que vão
                         de coração adentro.


Jonas Bráulio de Carvalho Rolim

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